O enfoque deste novo título de Duarte Ivo Cruz é o valioso património que representam as salas de espectáculo portuguesas, a singularidade dos edifícios e a sua ligação aos valores culturais e dramatúrgicos das regiões aonde se inserem. O autor, atento à evolução cronológica, demonstra a evolução do Espaço do Teatro como mote para as conclusões desta adaptabilidade entre o "espaço e o uso". De Norte a Sul do país, há edifícios religiosos adaptados a teatro, casos conhecidos como o Convento de Xabregas (Teatro Ibérico), em Lisboa, ou o Teatro Lethes (antigo Colégio Jesuíta), em Faro, mas, há outros casos que merecem ser dados a conhecer. São as antigas fábricas, a título de exemplo a Antiga Fábrica do Inglês (Silves), as casas nobres, como o Palácio Burnay ou o Palácio do Conde de Bolhão, e por último, numa fase mais contemporânea, o papel criativo do arquitecto. Entre vários, salientam-se Cristiano Silva/ Parque Mayer, Raul Lino/ Teatro Tivoli, Norte Júnior/ Auditório Olga Cadaval, entre outros que desenharam salas tão bem conhecidas do público actual. Esta obra foi realizada em coedição com o Centro Nacional de Cultura.
